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Apetite pelo segmento gastronômico

Segundo o relatório de 2018 da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), considerada como um dos maiores relatórios de estudo de empreendedores do mundo, indicou que 70% do empreendedor abre um novo negócio devido a oportunidades e não por necessidade, derrubando a ideia equivocada de que abrir um negócio significa que a necessidade motiva a realização de um sonho.

Se levarmos em consideração que em 2016 os brasileiros gastaram o estimado de 184 bilhões de reais comendo em restaurantes, entendemos que empreender em gastronomia tem grandes indícios de ser um investimento mais seguro que muitos setores.

Tendo consciência de que todo empreendimento envolve riscos e desafios, um dos pontos de impacto no setor de alimentação é a volatilidade do negócio, ou seja, trata-se de uma venda significativamente rápida e em menor quantidade, oferecendo curto prazo.

Entretanto, todo investimento aparentemente mais rentável e mais “versátil”, as iniciativas aumentam e as estratégias e o modelo de negócios pede inovação e criatividade para contornar os obstáculos do negócio, é o caso do Coé Food, que nasceu da paixão dos seus empresários Giulia Gallinucci e Bruno Araújo pela alimentação saudável e consciente.

“Sempre gostamos de comer fora e começamos analisar a ausência de inovação em todos os lugares que íamos; como um cardápio rotativo com releituras que fugissem do tradicional, com mais criatividade, que fosse mais funcional, com informações nutricionais e preço acessível…” Acrescenta Giulia.

O Coé Food navegou em mares que ainda não tinham sido devidamente explorados, como por exemplo o buffet tradicional do almoço, onde o ticket não era compatível caso o consumidor buscasse um ambiente que oferecesse um cardápio um pouco mais elaborado. Este hiato foi transformado em um grande potencial a ser explorado pelos empresários que, embora não pertenciam a área (Giulia vem do marketing e moda e Bruno da administração e construção), buscaram conhecimento com a expertise de uma consultoria e entrevistas com Chefs renomados e muitos treinamentos para a imersão desse investimento.

Segundo os seus empresários, o desafio foi aprender a empreender, principalmente no ramo gastronômico. Além das dificuldades de empreender no Brasil, no entanto, Giulia Gallinucci e Bruno Araújo, que se encaminham para a sua quarta loja em um curto espaço de tempo, ainda centralizam as operações do negócio entre eles, pois aprenderam que a paixão, a devoção e a aplicação vem antes de qualquer lucro quando o assunto é o seu próprio negócio.

Essa criatividade já começou a ser compensada em 2018, ano em que o faturamento do segmento foi de aproximadamente 11%, numa mostra de que o apetite do setor continuará insaciável, por assim dizer.